quinta-feira, novembro 23, 2006

este maná regozija os espíritos esvaziados
de sentido
por ele nos deixamos
recobrir
lavar
alimentar

desenha-se em estruturas cheias de suaves
meandros
de violentas metáforas
cravando em nós o êxtase

estende-se em espaços exclusivos
de respirações perfumadas
inventa ritmos musicais
rasgar de vidros
cintilações que cegam

por ele descobrimos os diversos paraísos
sem entraves

por ele reconhecemos que estamos vivos
nos sonhos

chamam-lhe poesia


m.f.s.

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