talvez haja
uma açucena
pendurada na
minha porta
que afasta os
malabarismos dos
incógnitos
espreitadores das
noites de
candeeiros apagados
rajadas escuras
pirilampos
afogados nos
verdes fosforescentes
das suas lanternas
talvez o perfume da
flor entonteça os
enamorados
debruçados nos
parapeitos
das pontes em
suspensão
talvez a
açucena seja um
espanta-espíritos
vigilante
uma sombra
acabada de
chegar
à noite dos
morcegos
m.f.s.
miguel torga / flor da liberdade
-
Sombra dos mortos, maldição dos vivos.
Também nós… Também nós… E o sol recua.
Apenas o teu rosto continua
A sorrir como dantes,
Liberdade!
Liberdade...
Há 9 horas
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