Hoje sinto-me ansiosa pelo fim de mim.
Estou cansada de existir,
olho-me e já não sou eu,
não sei porque persisto em respirar.
Conseguirei deixar de pensar,
lucidamente?
Num dia digo, não penso mais,
e já está,
entro no nirvana da não existência.
Aquele corpo ali é uma coisa
Foi um fardo durante demasiado tempo
Suportá-lo foi o meu castigo
por ser matéria
Agora
que abdiquei da existência
através do pensamento
vou esvaziar este fardo
de mim
vou poder não pensar
m.f.s.
RaÃzes desenraizadas
daniel francoy / claridade
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Se ao menos não houvesse dúvidas:
é aquela hora de bruma e de medo
e a relva, amanhecendo úmida,
tem como raízes vísceras misturadas.
Se ao menos soubé...
Há 1 dia
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