domingo, outubro 21, 2007

escrito

deixa correr o
tempo
na ponta
das pistolas
cinematográficas

põe carmim na
palidez do
teu rosto

verde azulado
nas tuas
pálpebras

enegrece os
cabelos
rapidamente

salta
corre
foge

vai com a
tempestade
no meio do
furacão

ruge a fala do leão

diz thank you
ao passante

corre
foge
salta

voa
alegremente

ri
sobretudo ri

adeus andorinha
de camisa
branca
asas de punhal
azulado

gorjeia ave em seta
em pena de tule
e sarja

entra nos portões
fechados
das mansões
góticas

ganha as membranas
dos vampiros
estremunhados

guincha

assobia
faroleiro
nas brumas
das árvores
silenciosas

atira
mar vadio
as tuas rendas
orvalhadas
contra as
escarpas
fragilizadas
pelos ventos
que te enrugam
a pele

corre
foge
salta

que eu te seguirei

mfs

2 comentários:

Graça Pires disse...

Um tempo: Um caminho. O ritmo do poema. Gostei muito.

fernanda disse...

Obrigada, Graça.