O formidável tornado que me arrasta
Desfoca o calor da paisagem veneranda
Planta novas sementes nas areias inférteis
Revoluciona os beirais das andorinhas arquitectas
Vira os nenúfares do avesso com os seus sapos ambulantes
Desfolha as asas inquietas dos corvos agoirentos
E quando finalmente se desfaz deixa um sabor a fel
Um arranhado no ventre das mandrágoras
Linhas descosidas nas bainhas das donzelas
mfs
albano martins / ao fim da tarde
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Acrescentarei agora
ao fim da tarde: escrever
é também
lançar bóias
ao mar (é isso
que se chama
escrever
sobre a água). Ou atirar
em direcção ao sul
algu...
Há 17 horas
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