SIRENE
Bom é ter poucos amigos
poetas, para não ter de
trair a lisura do afecto
ou do texto. Mesmo esses poucos
chegam a nenhuns, se não
conseguimos elogiar epifanias
recessas, queixas piedosas ou
banalidades inócuas. Um amável
neófito muito badalado, ou um sénior
de vários prémios
literários, esperam deliciar-nos
com o verbo no cada vez mais
exíguo palco do poema
impresso. Assim ficamos sós
diante da própria e feroz espera
da negada surpresa. Como quem
adormece na ambulância
apesar da sirene.
Inês Lourenço
Disfunção lírica
& etc
miguel torga / flor da liberdade
-
Sombra dos mortos, maldição dos vivos.
Também nós… Também nós… E o sol recua.
Apenas o teu rosto continua
A sorrir como dantes,
Liberdade!
Liberdade...
Há 8 horas
1 comentário:
Obrigada.
I. L.
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