sábado, janeiro 22, 2011

coisa

Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009

a COISA

À s vezes tudo lhe parecia uma imensa comédia-drama-fraude-maldade este imortal desígnio que alguém desenhou ao desenhar-se. Como se o seu início sem início não tivesse sentido sem este planeta com os seres que nele se aninham, as suas lutas, terríveis sofrimentos, longas escuridões. Como se a sua natureza fosse construída a partir da nossa...sem princípio nem fim.
Depois reflectia sobre outros mundos que certamente existiriam por essas galáxias fora.
Tentava lobrigar uma fresta no muro que impede a compreensão do mundo.
Juntava em penos fragmentos de lógica um pequeno vislumbre do que poderia ser a natureza da COISA. Mas sentia e julgava saber que havia névoas que tapavam a paisagem e que nem as formas sugeridas na névoa movente teriam qualquer significado palpável.
Não desanimava pois acreditava que estes exercícios de procura lhe proporcionavam uma certa tranquilidade por manter a mente activa. E depois a indiferença da COISA era quase uma certeza.

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